quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Autobiografia - João Pedro Afonso

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Ao deparar-me com este aparentemente simples mas complexo problema de me expor numa autobiografia cheguei à  conclusão que, como mero adolesceste que sou, ainda não realizei nenhum feito que me permita afirmar como pessoa. Porém, posso e irei debitar fatos que me caracterizam e me tornam João Pedro de Oliveira Afonso.
Nascido a 2 de Dezembro de 1997, sou filho de um casamento falhado que teve o seu fim quando eu tinha apenas  3 anos, resultando na ausência total de uma figura paternal, ao ponto de eu não ter uma simples memória dele. Devo portanto tudo o que tenho e sou à minha mãe, pois foi o seu esforço ao desempenhar dois papéis parentais e  à educação que me deu que me tornaram na pessoa que sou hoje. Tenho um irmão mais velho, com 18 anos, e a nossa relação baseia-se numa troca oca de palavras.
Sou herdeiro de uma timidez que é estupidamente vulgar e que pelo ensino básico, especialmente no primeiro e segundo ciclo passados na Escola 31 de Janeiro e Conde de Oeiras respetivamente, me prejudicou ao ponto de ser alvo de gozo de outros. Era um miúdo calado, pacato e socialmente constrangido que tinha, e ainda tenho, como paixões a música e o cinema, pois desde tenra idade que fui introduzido a um estilo de música alternativo e a grandes clássicos cinematográficos.
Considero o terceiro ciclo, passado na Conde de Oeiras, uma das melhores fases da minha vida. Pela primeira vez fui aceite socialmente devido a uma altivez, arrogância e espírito crítico por mim desenvolvido, o que me fazia destacar. O meu grupo de amigos era vulgarmente considerado como “rapazes/raparigas da música”. Eramos uma espécie orgulhosamente devota à temática musical que pode ser definida por inúmeros aspetos que a tornam tão especial como: ter opinião formada e inalterável sobre inúmeras bandas existentes e não te dirigir a palavra durante 2 semanas porque caracterizaste a banda preferida dele/a como “nem são muito maus”.
Sempre fui um bom aluno e sempre o considerei como uma vantagem até ter sido aceite na Escola Secundária Quinta do Marquês e ter optado pela área de Ciências Tecnológicas  tendo sido colocado numa turma de elite. Dito desta forma, soou hipócrita e desonesto mas o ambiente criado nesta turma devido à ambição dos seus membros e de quererem ser o “número 1” deixou-me desmotivado, desamparado e excluído pois repugnava o seu comportamento, contudo foi nesta fase da minha vida que conheci um grupo de pessoas verdadeiramente excepcionais. As minhas notas começaram a descer e as minhas preocupações focaram-se fora da escola. Após refletir sobre este meu comportamento, decidi repetir o 10º ano e optar pela área de Ciências Económicas, na qual me encontro,  sentindo-me integrado, satisfeito e motivado.
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