1
Sôbolos rios que vão
por Babilónia, me achei,
Onde sentado chorei
as lembranças de Sião
e quanto nela passei.
Ali, o rio corrente
de meus olhos foi manado,
e, tudo bem comparado,
Babilónia ao mal presente,
Sião ao tempo passado.
2
Ali, lembranças contentes
n'alma se representaram,
e minhas cousas ausentes
se fizeram tão presentes
como se nunca passaram.
Ali, depois de acordado,
co rosto banhado em água,
deste sonho imaginado,
vi que todo o bem passado
não é gosto, mas é mágoa.
3
E vi que todos os danos
se causavam das...
terça-feira, 7 de janeiro de 2014
Cá nesta Babilónia, donde mana
Cá nesta Babilónia, donde mana
matéria a quanto mal o mundo cria;
cá onde o puro Amor não tem valia,
que a Mãe, que manda mais, tudo profana;
cá, onde o mal se afina, e o bem se dana,
e pode mais que a honra a tirania;
cá, onde a errada e cega Monarquia
cuida que um nome vão a desengana;
cá, neste labirinto, onde a nobreza
com esforço e saber pedindo vão
às portas da cobiça e da vileza;
cá neste escuro caos de confusão,
cumprindo o curso estou da natureza.
Vê
se me esquecerei de ti, Sião!
Luís de Ca...
Salmo 137: 1-9
Junto aos rios da Babilônia nós nos sentamos e choramos com
saudade de Sião. Ali, nos salgueiros penduramos as nossas harpas;
ali os nossos captores pediam-nos canções, os nossos opressores exigiam canções
alegres, dizendo: "Cantem para nós uma das canções de Sião! " Como
poderíamos cantar as canções do Senhor numa terra estrangeira? Que a
minha mão direita definhe, ó Jerusalém, se eu me esquecer de ti! Que a
língua se me grude ao céu da boca, se eu não me lembrar de ti, e não considerar
Jerusalém a minha maior alegria! Lembra-te,...